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domingo, 1 de agosto de 2010

Paradigma do Gay Triste! BrokeBack Mountain! Felicidade = Escolha!

Post giga Grande, mas o assunto não permitiu reduções. É isso que acontece uma pessoa passa por #Reforma, #Alergia e reflexão do seu passado tudo ao mesmo tempo.

Definitivamente, cansei de gente que quer ser infeliz, não tenho talento para isso!

ANNE FRANK, menina judia que viveu boa parte de sua adolescência escondida em um minúsculo sótão fugindo dos Nazi escreveu: " ... Quem for feliz, faça também os outros felizes. Aquele que tem coragem e fé nunca perecerá ... "
Se ela em condições tão adversas consegue ter esse tipo de pensamento, para todos nós é moleza seguir sorrindo.

Minhas andanças, a vida, filmes, peças teatrais, me mostraram o paradigma do Gay Triste.

Ele é sempre demonstrado no cinema e fica claríssimo no filme "Brokeback Mountain" e acontece em muitos outros filmes de temática Gay. O que eu lamento.

Infelizmente, já observei alguma semelhança com a realidade.Em geral, no início do relacionamento os dois rapazes estão até bem felizes e animados, mas em determinado ponto um deles esquece o lado cor-de-rosa e segue para o caminho negro da força.

Nasceu o Gay Triste que dia após dia fica mais aborrecido, emburrado, chato, pessimista, só vê dificuldades e traz pra si a obrigação de tudo resolver.



Em geral, ainda desenvolve um comportamento predatório com o relacionamento, acha que tudo é óbvio e conversar não é uma alternativa. Ira-se muito facilmente, magoa e nunca pede perdão. Começa a cavar o fim do relacionamento para manter-se infeliz.

No outro extremo da relação, aparece o Gay Feliz, que continua encarando a vida com bom humor e esperança, confiante de que de alguma forma as coisas irão se resolver. E assim dessa maneira capenga o relacionamento segue, as vezes por anos.

Paradoxalmente, temos na mesma situação e duas pessoas a vivendo e a sentindo de forma diferente. Uma feliz e outra infeliz.

Arrisco dizer que o Gay Feliz é realmente feliz, porque a felicidade não está na situação em si, mas sim na forma com a encaramos.

Tolstoi diz que quando se ama sempre se é feliz porque a felicidade vive dentro de nós (tradução livre). Pensando nessa perspectiva, eu tenho a certeza que o Gay Feliz é realmente feliz, pois independente da situação a felicidade está dentro dele.

Esse paradigma não é absoluto. É um padrão observei, mas sem qualquer rigor científico.

No caso de "Brokeback Mountain", o relacionamento é indiscutivelmente difícil e com condições externas extremamente adversas.

A chamada que mais gostei desse filme dizia: O amor é a maior força da natureza! Lindo não?



Os dois se amam (para mim é fato) e estão irremediavelmente separados fisicamente e unidos pelo sentimento maior.

No caso deles, não apenas a distância física os separa (em determinados momentos mais de 2000 km), mas também convenções sociais (casamento, etc) e o ambiente social extremamente hostil para que pudessem assumir algo mais real e público, mas ainda assim eles acabam realizando, de alguma forma, esse sentimento.

Se você nos olharmos a partir desse referência o relacionamento de qualquer um de nós muita moleza. O que são mil quilômetros? O que é uma distância de idade? No mundo de hoje, qual o problema de serem dois homens ou duas mulheres? O que tem se um é vegano e o outro ama churrasco? E se um é protestante e outro da umbanda, judeu, católico ou espírita?

Apesar de todas essas adversidades, o Gay Feliz continua demonstrando estar feliz, não acredito que seja porque para ele as coisas sejam mais fáceis, mas sim porque ele encara a vida de outra forma. O Gay triste segue cada vez mais triste e infeliz.

Se me recordo bem, em duas ocasiões em Brokeback o Gay Triste com um soco tira sangue do gay feliz, na última vez mancha a blusa e ela é a estrela do fim do filme.

O Gay Triste age com essa violência não porque não ame o outro, mas porque o comportamento otimista e a insistência em não desistir do Gay Feliz, o irrita de forma irracional, pois ele só sabe encarar a vida de forma triste e o outro a todo momento mostra um caminho que acredita viável e com um sorriso nos lábios.

Fica a lição de que nem sempre quem te ama, ou diz te amar, vai te tratar como você merece e deve ser tratado, não por ser sádico (em alguns casos deve ser, mas eu insisto em acreditar no ser humano), mas sim porque provavelmente nunca foi amado e não sabe lidar com isso, ou então tenha amado e tenha sido tratado dessa maneira.

Para o Gay triste seria muito mais fácil se o Gay feliz o abandonasse, o traísse, o sacaneasse. Dessa forma, ele poderia o demonizar e se libertar da tentação de ser feliz e pode seguir vivendo seus modelos de tristeza. Sim, porque o que mais o incomoda é o questionamento de seus modelos falidos.



No final do filme, como na esmagadora maioria dos de temática gays, o Gay Feliz morre e o gay triste, de forma muito atrasada, percebe que o amava de verdade, mas que agora é tarde demais e segue sendo triste pelo resto de sua vida.

Eu sempre me questiono o porquê desse paradigma do gay triste no cinema. Que mensagem é enviada de forma hermética ao nosso subconsciente? Ser Gay nunca dá certo?

Porque se você é o Gay Feliz o mundo te massacra e você morre prematuramente no final.

Por outro lado, se o mundo não te massacra você seguirá sendo triste o resto da vida.

É perturbador!!!

Acho que por tudo que eu disse dá até para palpitar que tipo de Gay sou eu. Risos. Não acredito que tenha que haver essa dualidade yin yang. Nem organizo meu presente desta maneira. Acho perfeitamente possivel todos serem felizes.

Faça uma retrospectiva na sua vida. Ela é sempre perfeitinha e agradável? Com certeza não! ela, tem alto e baixo, muito provavelmente mais baixos do que alto. E é assim com a esmagadora maioria das pessoas.

E por que há pessoas visivelmente felizes e outras visivelmente infelizes?

A diferença está em como se vê as situações da sua vida e a partir dai, decide ser feliz ou não. Não existe pílula mágica, segredo, etc. A felicidade não é um Estado de Graça, a felicidade é um conjunto de momento e uma construção diária.

Me afasto de Polianismos, ou da história de Joseph Climberman. Acredito realmente que é possível ser feliz sem alienações ou sequelagem.



Haverá momentos tristes e difíceis. Encare-os com coragem tente dentro do possível não. Nunca deixe-se dominar.

A maior parte da vida pode ser encarada assim: Como um copo cheio até a metade ou como uma oportunidade.

Gays Felizes, sigam sendo felizes!

Gays Tristes, acordem só se vive uma vez, então tirem o melhor dessa vida. Sua infelicidade só vai atrapalhar a você mesmo. Os gays felizes encontraram gays felizes e viveram felizes para sempre ou morreram tentando E vocês?

Descolando totalmente do contexto do filme e ampliando a um pensamento mais geral, acredito que um fato que ajuda muitos nesses momentos dificeis é ter uma crença e um relacionamento com Deus.

A maioria das pessoas que tem esse tipo de crença usufrui de uma tranquilidade e confiança inexplicável. Não trata-se de se acomodar, muito pelo contrário, faz-se o máximo. Trata-se de reconhecer a grandeza e unipontência de Deus e entregar a decisão final a ele. Em geral, ele enviará sinais e há até quem diga escutar sua voz em sono ou inspirações.

Um comentário:

  1. "Ele é sempre demonstrado no cinema e fica claríssimo no filme "Brokeback Mountain" e acontece em muitos outros filmes de temática Gay. O que eu lamento."

    Eu também! Será que é por isso que eu não gostei do filme? Eu chamo isso de Síndrome de Morrissey... Sabe aquela de ficar reclamando, reclamando e não fazer nada para ser feliz? Odeio vitimismo, pena que os gays sejam tão chegados em um... Quando eu embarcava numa vibe dessas, maridão ia logo dizendo: "teu passado gótico te fez mal"...kkk Hoje estou curado.

    Não custa nada lembrar do significado original da palavra "gay", né?

    Abração!

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