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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Oposto do Amor!

Fim de férias, post giga grande e não cômico. Para facilitar, separei em 4 mini-post, não espero que ninguém leia o texto todo, mas enfim, quem quiser está ai.

“Desde o dia que Antonia foi embora da minha vida que me pergunto: O que será que é o contrário do amor?" (Do filme "Como Esquecer")

Essa é a frase que inicia o filme, “Como Esquecer”. Ela deixa claro que a pessoa realmente não está feliz. É de uma depressão e desanimo entristecedores.

Alguma coisa no filme causa certo desconforto. Acredito que é a forma que a personagem principal lida com a perda e que fica evidente com essa primeira frase.

Talvez, fosse mais construtivo pensar assim: Depois que SAMUEL CEDRIX saiu da minha vida que eu me pergunto: O que realmente é o amor?

SAMUEL CEDRIX não existe! apenas mais uma criação hermética e excentrica para adaptar o discurso.

Não cabe julgar ninguém e entender a si mesmo já é complicado.

Em um comentário, perguntaram se o filme é triste. Não é um filme triste e choroso, mas também não é alegre.


Porque Tratar do Oposto do Amor?

Ontem no Twitter, uma moça que não conheço disse que me ama, me pediu para voltar! E me dedicou uma música! (sinceramente, pensei até em voltar. Risos.)

É bem verdade que ninguem nunca me perguntou aqui, nem no Twitter e nem no formspring.me, o que é o amor, mas mesmo assim eu já escrevi anteriormente.

Na brincadeira do Formspring.me, me perguntaram: O que é o oposto do amor?

Relacionado ao filme, é claro. Confesso que não entendi o sentido da brincadeira. Em um primeiro momento, eu respondi de forma chistosa e debochada. Introduzindo com: “Como Esquecer” esta parte do filme? Mas eu esqueci ...

Sinceramente, não consigo lembrar se a pergunta é respondida no filme. Ainda que lembrasse não colocaria aqui para não estragar a surpresa de quem quer assistir.

Hoje, respondi de forma séria e acho que complementa o último post. Quase uma semana, para entender algo mais simbolico e tênue no filme.

O que é o oposto do amor?

O oposto do amor é o abandono e não o ódio, como todos costumam pensar. Ódio é só uma manifestação exagerada, deturbada ou mal resolvida do amor e da atração.

Homofóbicos odeiam os gays, porque, em regra, tem uma relação mal resolvida com a própria sexualidade e a existência livre e bem resolvida do outro acaba por explicitar essa questão, e muito provavelmente, por alguns milesimos de segundos sintam atração e ai aciona-se o ódio. Isso é uma opinião, nada muito cientifico.

Na esteira da propaganda da OI, e em uma perspectiva de vida virtual: Quem ama bloqueia, quem não ama mais, Deleta (abandona).



Por que o abandono é o oposto do amor?

Porque com o abandono, você diz ao outro e a si mesmo, que o outro não é digno de existência, de cuidado, de atenção ou de prioridade.

Enquanto você tem ódio de alguém ele continua a existir e a atraí-lo, você quer saber o que acontece na vida dele, muitas vezes de forma obcecada.

Provavelmente , a maioria torça para que o outro se dê mal, para que perceba o quanto perdeu, o quanto era feliz e volte de joelhos pedindo perdão. Desta maneira, você poderá converter o ódio em amor e retomará a posse da Terra estrangeira e poderá impor sua ditadura, determinando quase que unilateralmente as regras.

Por que para algumas pessoas é difícil entender o se diz quando: Desde o dia que Antonia foi embora que eu me pergunto: O que é o contrário do amor?

Para muitos de nós, a frase introdutória acaba por dissipar o entendimento, da segunda parte: O que é contrário do amor?

Como assim?
Em muitos casos, Antônia simplesmente nunca vai embora, para você entender o contrário do amor.

Não dá para dizer com certeza por que Antonia não vai embora, em alguns casos. Talvez por causa dos bens, da comodidade, da alta capacidade de persuação do outro, dos filhos ou porque não encontrou nada melhor.

Mas quando acaba o amor, todos irão conhecer o contrário do amor, indo Antonia embora ou não. O contrário do amor será demonstrado nas pequenas atitudes diárias, na ausência de cuidado, nas explicações desencontradas, na baixa prioridade, nos bolos, nos perdidos e em muitos casos até traições. São todos faces de um mesmo dado, o abandono.

Note que o abandono não é sempre explicito, é também, em muitos casos, sutil e simbólico. Antonia o abandona estando aparentemente do seu lado.

Tudo tende a entropia e a desorganização, já foi dito Coração do outro é Terra Estrangeira. Diremos agora, relacionamentos é uma casa enorme habitada por duas pessoas, se não for bem cuidada, com a participação dos dois, se desorganiza de tal maneira que em pouco tempo se esta a habitar o lixo.

O abandono efetivo, o choque, a dor!

Despois de um periodo de exercício do contrário do amor, então, em uma bela manha, Antonia irá se levantar e dizer: Eu vou embora!

Você vai sorrir com o canto dos lábios, e dirá: Ta bom! Te ajudo a fazer as malas.

Antonia irá chorar descontrolamente, como forma de falsamente demonstrar qualquer arrependimento ou sofrimento, para tentar jogar em cima de você a culpa. Não se assuste, ela está bem certa do que quer, no fundo está aliviada e já tem todos os planos, afinal ela disse vou embora, poderia ter dito: vamos conversar, vamos ao terapeuta ou qualquer outra coisa reparadora.

E saiba de uma coisa: A dor do fim do relacionamento é de quem fica. Quem é que fica? É aquele que não teve a coragem de roer a corda primeiro, aquele que fica no antigo ambiente do dois, aquele que fica com os gatos, aquele que não muda de cidade, aquele que fingiu acreditar que era uma crise, aquele que provavelmente acreditava no amor, etc

Em uma semana, Antonia estará recuperada, sorrindo, vivendo, saindo com uma menina 16 anos mais nova e achando que assim será jovem novamente. O pior: Antonia estará realmente feliz a partir de seus próprios conceitos, que no pensar do outro estão errados e deturbados, mas terra do outro é terra que ninguem anda.

Rápido? Como acontece isso?

Apesar de Antonia ter do embora a apenas 7 dias, por tempos as coisas foram minguando, você abandonava Antonia e Antonia te abandonava.

O problema é que Antonia de forma consciente ou inconsciente percebeu isso, e você, provavelmente, desprezou os sinais ou não teve forças para, acreditar, romper a concha ou quebrar o círculo ou simplesmente evitou dar o destaque devido aos abandonos que Antonia fazia.

É comum também que você sempre elaborasse razões ótimas para as atitudes predatórias de Antonia. Como por exemplo: Antonia, me ama, mas ela está com problemas no trabalho (na família, na faculdade, na obra de casa, com os filhos, com os cachorros, de peso, de auto-estima, de pele, de sexualidade, com o computador, com o orçamento etc)

Percebi que há abandono, há solução para isso?

Sinceramente, só vejo uma e não dependerá de você.

Pode ser até verdade, mas a questão é que independente dos problemas de Antonia, nada absolutamente nada, justifica atitudes reiteradas de abandono. Desprezar isso é tão efetivo quanto tapar o sol com a peneira, você vai sair com queimado disso.

Ainda que os motivos sejam graves e verdadeiros, se Antonia continua dia após dia a agir com abandono e desprestigio, logo ela se convencerá que tem direito de agir assim e que isso é demonstrar amor, e as atitudes de abandono aumentarão.

Se um dia Antonia acordar e se der conta da forma que atua e mudar de atitudes. Mudando radicalmente e começando a tomar medidas construtivas e de valorização da relação de vocês.

Eu devo falar para Antonia
que ela está destruindo nosso relacionamento?

Isso é caso a caso, mas provavelmente não adiantará se ela não percebeu por si só, é porque não encare com abandono. Na verdade, é porque Antonia, como a maioria esmagadora de nós não é muito reflexiva e leu em qualquer revista semana brasileira, todas de péssima qualidade, que o contrário do amor é o ódio.

Antonia não sente que te odeia e não tem ataques coléricos todos os dias. Antonia não é burra e acredita que suas atitudes ainda transitam em qualquer lugar próximo ao amor, sabendo que não são realmente amor, por que se afastam muito das atitudes
que ela tinha nos primeiros encontros, meses, anos de relacionamento.


Acima, Antonia decide assumir de vez o contrário do amor
e abandona o relacionamento,
Você deve seguir sua vida, não a espere voltar.
As pessoas devem se vincular umas as outras de forma voluntária!
Se ela voltar é porque talvez seu coração seja seu,
se não é porque provavelmente nunca foi!


domingo, 24 de outubro de 2010

Como Esquecer ou Duro Processo de Superar

O filme é bafão, e aqui, como de costume é tratado de forma séria, cômica e dramática ao mesmo tempo. Isso é possível? Não sei, não é proposital, mas é como acaba saindo. Espero que vocês se divirtam tanto lendo, quanto a editoria escrevendo.

Efeitos Colaterais das Férias: Publicações longas, orgias gastronomicas (ataques a inofensivas caixas de donuts, almoços em rodizios, jantares no Burger King, muito pão, como eu amo pão), Consumo desenfreado de Refrigerante Diet (25 litros em 7 dias, é muito? Acho q até apareceu uma estria nova. Socorro!) Com sorte sobrevivo ... Risos


No Cinema:
Por sugestão do blog dois perdidos, assisti "Como Esquecer".

Infelizmente, o filme "Como Esquecer" já está saindo de cartaz. Em Brasília, passando apenas no Cine Arco-Iris do Liberty "Small". Temático, não? Atrasado, luzes apagada e saida apressada, (efeito colateral de mta coca-zero!) não permite comentar se o público era do bafão. Na entrada, a ausência de detalhes fashion-etnicos (kipá) renderam uma afronta (uma história de +/- 300 anos que conto outro dia), respondido com um "coloque-se no seu lugar" e um longo sorriso, valorizando os anos de tratamento ortondontico.

Interessante um filme brasileiro tratar, da perspectiva de uma mulher lésbica, a questão das dores da perda e do fim de um relacionamento. Fantástico focar nesse universo, porque, em geral, é o menos explorado dentro do universo LGBTT. (Nem o Almodovar costuma falar, o povo tem medo das rachas!)




É legal sair daquela perspectiva apelativa de beleza plástica, corpos suados e histórias bizarras (em geral, surreais e longe da realidade geral) em uma proposta vaga de que é preciso chocar para combater o preconceito. (Me emputeci com o último filme de temática LGBTS do cinema brasileiro que teve midia, me reservo o direito de não citar nomes)

"Como Esquecer" é um filme real, verdadeiro e sincero. Mostra o sofrimento de uma mulher de mais de 30, que como a maioria das mulheres, sofre muito com o fim de um relacionamento longo. Ser lésbica é apenas um detalhe, que deixa muitas vezes o filme mais divertido e dinamiza o enredo.

No final, ficará claro para a audiência que gays e lésbicas são seres humanos como todos os outros, com as mesmas dores e prazeres. O sofrimento é real e muitas vezes aumentado pela não aceitação e pelo absurdo que é não ter igualdade de direitos.

(Fui bondoso com os HTs, igual nunca, no mundo gay e mix há um frisson e um colorido todo particular. Eu chamo de Gay Power! Sempre digo: O mundo hétero é PB [preto e branco] e o mundo gay/mix é Full HD. Não esperem imparcialidade na descrição do mundo!)

Recomendo a todos, em especial ao público LGBTTS, que assistam e prestigiem essa produção nacional. A atuação da Ana Paula Arósio realmente comove. Há cenas perfeitas, não vou falar aqui porque estragaria a surpresa.


(Há varias cenas no chuveiro/banheiro, mas uma cena deixa bege! Não pela situação, mas pela verdade da cena. Há a tentação em acreditar que não foi atuação, foi real. Não é possível, a cara, a boca, movimentos corporais, não tem como. Mas tudo pela arte. Por esses e outros momentos, Ana Paula Arósio demonstra-se verdadeiramente atriz.)

A fotografia do filme é perfeitav (a foto acima deixa isso claro). Como todo filme brasileiro há nudez, não excessiva, tratada de forma artistica e contextualizada. Com resultado final muito bonito.

Parte do filme se passa na UFRJ, lugar que eu conheço muito bem e fui logo avisando: Se eu chorar, não me censure... (risos)

"Ando tão a flor da pele, que qualquer beijo de novela me faz chorar ... " (Puta, que brega, tenho que reduzir as idas ao karaoke)

Pra surpresa geral não houve choro, houve algumas gargalhadas. Há outras pessoas no mundo que sussuram comentários cômicos durante o filme.

Não tenham expectativa de um filme muito movimentado, cheio de baladas, drogas, sexo e rock'n roll (padrão de muitos filmes LGBT), e muito menos que sairão do cinema sabendo COMO ESQUECER alguém.

(Se alguém souber o segredo ou tiver receita de como esquecer alguém, por favor, mande e-mail ou diga nos comentários ... com um tempo sempre estrutura-se uma receita, mas uma a mais sempre ajuda, nunca se sabe quando será necessário esquecer alguém, risos )

Na verdade o filme mostra como é difícil esquecer alguém e como isso é um processo diferente para cada pessoa. Não há segredo ou receita mágica. É uma exploração individual.


Talvez nunca ninguém esqueça ninguém, mas, na verdade, aprenda a resignificar os sentimentos e encarar com maturidade a realidade. Quando um abandona o outro, é necessário encarar a vida de frente e reencontra o amor que temos por nós mesmos.

Abandono pode ser explícito ou simbólico (Reiteradamente, não dar prioridade a uma pessoa é um abandono, no mínimo, um aviso do reduzido valor e papel da pessoa)

Não adianta demonizar o outro. Basta entender que os relacionamentos são feitos de erros e acertos. Muitas vezes, erros geram feridas e se o outro não é capaz de percebe-las e curá-las, então o melhor é que cada um seguir seu caminho. Se o outro não mostra boa vontade em curar, não adianta ficar avisando, só gera estresse e desgaste.

Ao analisar a vida de Júlia, a impressão é que ela, como muitas pessoas, viveu de forma residual a própria vida durante o tempo do relacionamento.

Então, o sofrimento do fim do relacionamento é agravado pela dor de aprender a conhecer-se, a lidar com as próprias fraquezas e limitações, assim como reconhecer suas qualidades, belezas e defeitos. (Caraca, beleza é com Ana Paula Arósio mesmo!)

Dois pontos chamam a atenção no filme: a relação com o choro e as relações familiares de Júlia (Ana Paula Arósio).

O CHORO:
Tá gente, não tô contando o filme. Não acho que a relação com o choro seja inverossímil, posso entender mulheres lésbicas e emoções tradicionalmente de mulherzinha. No caso da personagem há também um traço intelectual e racional que poderia também justificar a relação com choro, tradicionalmente ligado com emocionalismo e descontrole.

Já escrevi sobre chorar e dei minha opinião.( Por Que Meninos devem chorar) Acredito que o luto da personagem, e de qualquer um de nós, é agravado quando não nos permitimos chorar e se descontrolar de maneira controlada (Isso é possível?). Quando se chora, se acelera o fim do processo de luto.

RELAÇÕES FAMILIARES:

O Papel da família da família de Júlia nesse momento tão difícil também é algo de se notar. Acredito que a família é uma peça fundamental na vida de todo ser humano, independente da orientação sexual, ainda mais em um momento limite como o que ela vive, mas quando tratamos das relações familiares e gays podem acontecer complicações.

(Escrevi meia página sobre a ambiguidade possível da relação de Gays, lésbicas e suas família, com um coração não cor de rosa, então me dou o direito de me censurar.)

“Cada um de nós compõe a sua história e cada ser em si carrega o dom de ser capaz, de ser feliz”

(Alguém dá na minha cara e tira dessa rádio brega que a minha cabeça tá sintonizada. É só o que me faltava, depois de comparar homem a carro usado, eu começar a cantar e escutar "música folclórica Brasileira", o que vem depois? Começar tomar cachaça e cerveja Itaipava [pra impressionar já tomei porre de Itaipava, eu nunca bebo, mas eu queria parecer "moderno". Tá levanta a mão quem não fez merda por causa de homi! Tá mentindo! Safadiiiiiiiiiiiinho])

Puta! a frase surge em um contexto, e quase é publicado sem. Não quero ser a palmatória do mundo e nem avançar sobre o povo que tá no armário. Você é a pessoa mais indicada para planejar e promover a liberalização e a aceitação no seu contexto.

Abandonado o armário, há 12 anos é realmente fantástico poder falar de forma aberta e verdadeira com todos independente da aceitação ou aprovação quem quer que seja. A existência permite a conquista de uma de patamar de respeito.

Supreendente ir almoçar com a Avó ou Tia Bisavó com o namorado e ouvir elas perguntarem sobre futuro e filhos de forma leve, sincera e tranquila.

Teatro:
"Se eu espero, eu desespero" é um espetáculo cômico e dramático ao mesmo tempo. Duas esperas. Na dramática, há um desespero por reencontrar, na cômina, há o frisson por não reencontrar. Em ambas, fica claro uma coisa: Esperar é uma merda, independe do resultado esperado. Risos.


Achei um espetáculo equilibrado. A parte cômica alivia a tensão da parte dramática. Gostei muito da interpretação da Rosa, na verdade me levou as lágrimas.

Não é um espetáculo propriamente GLS, mas posso dizer sem estragar a surpresa que metade do espetáculo é travestido e tem um quê caricato que diverte muito.

Quem estiver em Brasília e quiser conferir, Eu Espero, eu desespero. Teatro da CNEC 608 norte até 31 /10/2010.

PS: A postagem tá cheia de fotos porque o Blogger ficou de fuleragem e só recebeu o trailler na sexta tentativa.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Respostas? Homem é como Carro Usado!

Gente, tem horas que eu não post, eu reescrevo as 1001 noites. Risos.

Minhas férias em casa continuam divertidissimas. Para movimentá-las, resolvi reativar e divulgar o meu formspring.me. O resultado tem sido surpreendente.

Há perguntas de todos os tipos, algumas são bem esquisitas. Como encaro tudo com bom humor, minhas respostas costumam ser hilariantes. Me surpreendo com algumas coisas de minhas respostas e, as vezes, até eu mesmo me desconheço.

O título do presente post foi uma resposta a uma dessas perguntas:

A pergunta no meu Formspring.me foi:

O que mais te atrai nos homens?

A resposta:

É um conjunto de coisas! Homem é como um carro usado! Você não pode se deixar levar só pela lataria ou pelo ronco do motor. Tem que analisar a parte eletrica, ver se não tem ferrugem. Agora se tiver um bom computador de bordo, ajuda muito. Putz. Me senti um hetero falando com os amigos enquanto toma cerveja. Não esperavam que eu comparesse com a compra de uma bolsa Louis Vitton? né?


Blogando Significa?

Blogar sobre essa resposta é deixar claro o quanto é babaca tentar encaixar as pessoas em caixinhas ou em modelos pré determinados!

Quem me vê na rua ou aqueles que me conhecem de forma superficial, nunca imaginaria a resposta dada. Esperariam algo bem mais glamourosom, talvez fixado em uma questão visual.

Quero homens loiros, ou sarados, ou ricos, ou intelectuais. Se houvesse uma comparação, esperariam talvez uma comparação de homens a uma exposição de arte, a decoração de uma casa ou a um jantar fino.

Caralho, esse não sou eu!!!

Há uma pressão social para determinar como deve ser o gay aceitável e desejável. Acho que é uma pressão da sociedade e da própria comunidade gay.

O Gay deve ser alguém com muito glamour, preocupado com aparências, com muitas limitações, frescuras e ostentações.

Não se esqueçam que deve ser Rico e Lindo. Afinal é preciso manter o reducionismo do Pink Money. encarando gays apenas como um recurso financeiro.


Gente, e quem é gay e é feio? e pobre?

Aos mais pobrinhos, as bichas finas chamam pão com ovo. (video A Drag a Gozar)
Para fugir do paradigma muitos gay sem recursos se glamourizam comprando roupas em 125 vezes no cartão de crédito. Os mais humildes, no cartão da Renner, da Riachuelo, da C&A e até da Otoch.

As bibas feias, mas com mais recursos fazem de tudo para apresentar sinais externos de riqueza como cartões de crédito pretos, carros importados, aparelhagens tecnológicas, finais de semana na Europa ...

Em um pensamento nefasto de que ter (a aparência) substituiria ser (a essência).

Não tenho nada contra o conforto e o usufruto do dinheiro, não santifico a pobreza ou coisa do gênero. O que me incomoda é essa busca enlouquecida, para mim isso é como correr atrás do rabo e do vento, não se sai do lugar e se sair não leva a nada.

Deve ser por isso que o primeiro passo de todo mundo que se assume ou se entende como gay, seja matricular-se na acadamia. Em busca do tão sonhado tanquinho.

Socorro, eu odeio lavar roupa. Risos. A maquina de lavar foi o meu primeiro eletrodoméstico, comprei antes da geladeira.

A maquina de lavar é o símbolo de liberdade da mulher moderna. Ok eu não sou mulher, nem nunca quis ser, mas me libertou de ir a lavanderia semanalmente, porque lavar no tanque, nunca, pq eu sou RICA, Eu sou RICA...


Eu respondi realmente o que penso. Minhas conclusões de 12 anos de tentativa e erro.

Carros não são minha maior paixão, mas são algo que eu realmente gosto e admiro. O melhor que o capitalismo moderno oferece: O direito de ir e vir potencializado na liberdade de locomoção.

Não, eu não gosto de mecânica, mas também não vivo só de admirar a plasticidade dos veículos. Quando converso com alguém sobre carros, elenco meus favoritos levando em consideração reparabilidade, ergonomia, equipamentos de segurança, valor de seguro e mercado. (Sentiu o drama? Não tá falando com principiante.)

Só para constar, meu carro é de montadora francesa e não é um Pegeot. Se surpreendeu de novo, né?

Eles foi escolhido levando em conta os critérios citados e com minha análise ja convenci vários HT a comprar o mesmo modelo. Risos.

Então, por favor, Movimentem minhas férias!
Perguntem que eu respondo mesmo! Risos.
http://formspring.me/BSvox


Quem sabe alguma outra pergunta ou resposta não renda um outro post?

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Férias em Brasília! Fantástico, né?

Eu não costumo fazer post do tipo querido diário, mas essas eleições me tiram a inspiração cômica. Se o sucessor do Lula não me forçar a usar um triangulo rosa, já me sentirei feliz. Vamos em frente, então.

Férias são fascinantes.
Até ficando em Brasília, certo?


Não? Porque não?

Em Brasília, a regra é rumar para o aeroporto, para rodoviária, ou pegar o carro e sair da cidade, para qualquer lugar, mesmo que seja só para atravessar a fronteira do quadradinho e se instalar do lado de lá. Assim, garante-se a sensação de que se trocou a paisagem da grande fazenda asfalta por algo diferente.

Por três anos, deixei sistematicamente Brasília, acreditando em algo e vivendo um ambiente urbano muito mais hostil. Para mim uma verdadeira Selva de Pedra. Em alguns momentos com animais enraivecidos. Algo assim como o purgatório da beleza e do caos.

Confesso que desde o princípio reconheci a beleza, mas o caos era mais chocante e em alguns momentos angustiante, mas em nome de algumas coisas conseguimos superar quase tudo e enfrentar situações adversas e desconfortáveis com um grande sorriso nos lábios.

A verdade é que pouquissima gente me viu sem sorriso nos lábios. Como respondi hoje no formspringme: Gay é uma tradução de alegre, e possivelmente você me classificará em todas as denominações de alegre, independente do idioma.

O caminho do aeroporto tornou-se uma rotina, apesar de eu não ter boa relação com aviões e com a idéia de voar.



Deixar Brasília passou a ser coisa de rotina e não mais de férias. A magia de experimentar um outro ambiente foi diminuindo gradativamente e alguns momentos foi quase uma obrigação e tortura.

Por conta dos lugares que já morei na vida, perdi a inocência e o deslumbramento com algumas coisas, pois tive que experimentá-los em sua dura rotina, muito diferente do conforto que experimentamos nas férias.

Não deliro mais com praia e nem com o campo. Ainda me fascina de alguma forma ambientes históricos e culturais, mas nada que me faça delirar.

Nos últimos 3 anos, minhas férias tinham um destino certo. Destino que tentei usufruir 10 dias das férias em março, mas o caos e o desconforto foram máximos. Como se tudo estivesse de cabeça para baixo.



Frente a total desorganização e desarticulação do meu destino tradicional, fiz uma análise interna de para onde eu queria ir no restante das férias. Não obtive nenhuma resposta consiste de mim mesmo. Acho até que ouvi um sinal de telefone ocupado. Risos.

Acho que foquei o meu lazer por tanto tempo (3 anos) fora de Brasília que agora tenho certeza que na verdade eu estava com uma puta saudades daqui.

Para a surpresa da maior parte dos Brasilienses, e até para minha própria surpresa, estou de férias, fiquei em Brasília e me sinto imensamente feliz.

Tenho feito coisa que só Brasília me proporciona, como navegar o vento, encontrar amigos daqui, almoçar no Carecas, tomar café no Sebinho, ir na Pão Dourado, sempre com o conforto de em todos esses lugares conseguir estacionar meu carro e tenho tido imenso prazer com tudo isso.

Em outros momentos da minha vida, não muito distantes tive que ficar de férias em Brasília. O tédio e a frustação eram gigantesco. Não acredito que a cidade tenha mudado tanto, mas eu mudei, na verdade acho que meu entendimento de muita coisa mudou. Deve ser a sabedoria e tranqüilidade que só temos depois dos 30.



Ao contrário de todo o imaginário, não experimentei nenhuma crise com meus trinta anos. Até agora só vi vantagens. Me divirto de verdade dizendo que já tenho mais de trinta, é algo quaser orgastico. Acho que me sinto mais parte do que já aconteceu e menos criança, um adulto de verdade. Risos.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Falar com as mãos é Gay? Comer, Amar e Rezar

Voltemos ao tom cômico disso daqui.

Assisti o filme Comer, Amar e Rezar, achei um pouco longo e parte sobre a India foi um pouco chata, mas na média foi bom.

Gostei muito de duas tiradas que o filme dá.

A primeira fala da forma como os italianos falam: Com As Mãos.

A segunda foi a parte do selinho entre pai e filho.

Esse dois pontos do filme o fizeram realmente valer a pena para mim, pois se ligam sobremaneira com a minha vida, e de grande forma a legitimam e expõe a babaquice de uns controles heterossexistas no Brasil.

Falar com as mãos é parte de mim, e não é por meio de LIBRAS. As pessoas associam isso ao fato de ser gay, mas não tem nada a ver. (Claro que eu falo com as mãos de uma maneira totalmente única e peculiar, não por ser gay, mas ... PQ Eu sou RICA, Eu sou RICA ...)



(O rapaz ao lado, com uma aparência pra lá de GLS está falando com as mãos, mas diferente de mim ele utiliza LIBRAS o que não tira a sua graça, mas ele perderia em espontaneidade e comicidade se falassemos com as mãos lado a lado. Risos.)






No filme destacam que os italianos falam com as mãos, eles mostram apenas uns movimentos caricatos, mas na prática é mais que isso. Quando vivi na Argentina, onde tiveram muita imigração italiana eu também percebia esses movimentos das mãos ao falar, o que fazia eu me sentir ainda mais a vontade. (lá os gays têm direitos civis, definitivamente nasci no lugar errado)

Eu sempre falei com as mãos, mas no Brasil. Aqui sempre há um controle excessivo para os gays e por diversas vezes, algum babaca, destaca esse traço peculiar da minha personalidade e não é para me exaltar ou elogiar.

Falar com as mãos incomoda os mais homofóbicos.

Eu acho que falar com as mãos dá um ritmo, uma beleza e uma complementação para o discurso, mas infelizmente há um patrulhamento enorme e essa caracteristica é cada vez menos comum. (ganha o preconceito e perde a diversidade)

O outro ponto, que a maioria dos brasileiros que assistir ao filme vai achar uma apelação e uma mentira é a parte da despedida do pai e do filho com um selinho. (Vão dizer que não existe)



Quando eu era criança, essa forma de despedida era muito comum na minha família paterna. (A avó do meu pai era do Sul da Itália, origem do comportamento muito retratado nos filmes de máfia)

Confesso que eu achava muito estranho e o episódio que o filho do personagem brasileiro relata, Despedir-se do pai na escola com um selinho, também acontecia comigo. (Isso não tem nada a ver e nem influenciou minha orientação sexual)

Claro eu era alvo de muita chacota e como no Brasil não há muito espaço para vivências etnicas autonomas (diferente de outros países multi-etnicos como EUA , Europa e Austrália) a caracteristica foi banida também da minha família.

Infelizmente, no filme a única referência a comunidade GLS não é muito feliz e edificante, diriamos assim, mas também quem fala é uma Nona italiana, provavelmente católica e super conservadora.

Deixo para vocês uma tarantela eletrônica feita por um DJ Argentino.
Surreal têm até um sample de "Chorando se foi"no meio.
Acho que se eu fosse uma Tarantella eu seria algo assim.



Frases do Dia: Vamos pedir piedade, Senhor, piedade. Pra essa gente careta e covarde. CAZUZA

sábado, 9 de outubro de 2010

Eleições: Gays, Gramsci e Alianças!

Em post anterior, eu falei de Gramsci e não expliquei direito quem era ou suas idéias, resumirei. Acredito que tem muito a ver com as eleições e com a comunidade LGBTTS.

Gramsci foi um teórico de esquerda italiano que foi perseguido pelos Fascistas na Itália. Ele escreveu diversos cadernos, denominados Cadernos do Cárcere.

A frase clássica para resumir seu pensamento é:
“Não importa a coalizão das forças políticas, mas sim a hegemonia que comando essa aliança”

A comunidade LGBTTS deveria aplicar essa perspectiva na hora de escolher seu candidato nas eleições brasileiras do fim do mês.

Mas o que seria hegemonia?
Hegemonia aproxima-se do conceito de ideologia (conjunto de idéias e valores dominantes) associando-o a organização dos meios de difusão como a mídia, o sistema educacional e as instituições religiosas.

Então o próximo governo irá fazer uma censura e controle desses meios de difusão? Não, longe disso, a proposta de Gramsci está muitissimo longe disso. Ele entende que não adianta fazer dominação pela força. O povo precisa de livre e espontânea entender o que quer, mesmo porque uma proposta mais social com certeza beneficia o povo, ele só precisa ter essa consciência despertada. A questão é trabalhar para que modelos de pensar distinto dos tradicionais ganhem espaço.

Por exemplo, pessoas de camadas mais pobres entendem os serviços do Estado como uma concessão ou um favor pessoal do governante (clientelismo) .Esse sistema cria pérolas da política nacional como o casal #ForaRoriz.

É preciso ganhar espaço para perspectivas que entendam os serviços do Estado como um direito como propugna a Constituição de 1988. Difundindo novas idéias e esclarecendo o povo, acontecerão mudanças significativas, pacíficas e duradouras.


Nós da Comunidade LGBTTs, temos que analisar as duas alianças que se propõe ao Brasil nesse momento e analisar que hegemonia está comandando cada uma, em especial no tocante a temática LGBTTS (notadamente a união civil, embora eu não queira mais casar com ninguém o tema é o maior simbolo da igualdade entre LGBTTS e Heterossexuais).

Temos que superar qualquer conceito prévio em relação ao partido e até mesmo seus aliados. A partir do cenário, eu chego até mesmo a desprezar outras questões que eu considerava muito importante.

O primordial nesse momento não é olhar quem é o candidato, suas alianças, mas quais idéias estão ganhando peso e visibilidade dentro de sua campanha, pois o candidato é apenas a interlocutor das posições de seu bloco hegemônico.

No post anterior, eu descrevi o cenário, vou resumir:

De todos os lados, apareceram pressões que focaram sobre duas temáticas ligadas a religião e religiosismo. Aborto e União Civil entre Homossexuais.

Nesse momento, as duas coalizões deixaram claro qual hegemonia comanda cada uma delas:

De um lado há uma candidata visivelmente pressionada por declarações e realizações do governo que participou! Que deixaram expressas as posições da hegemonia que comanda: Sobre a união civil disse: União civil é direito civil! [Pode parecer pouco, mas é uma forma de deixar o recqado claro para os militantes do Movimento Homessexual sua posição sem amedrontar o eleitorado menos esclarecido: Direito Civil é um das subdivisões dos Direitos Humanos, ou seja, não há o que se discutir. Direitos Humanos devem ser ampliados, com indica o caput do artigo 5.]

No video, fica evidente a pressão dos jornalistas, falam em ser madrinha:


Caso você assista o video do Serra, notará a diferença.

O que vocês queriam? Um enfrentamento aberto*? Em um país como o nosso.
Em políticas públicas (atividades realizadas pelo Governo) ser reconhecido como classe e ter sinalização positiva já é um grande passo.

Do outro lado, temos um candidato que fatura com essas declarações e alia-se a pessoas que promovem uma campanha de terror sobre os temas contra a outra candidata. Não faz nenhuma declaração que ponha fim ao clima de rixa e perseguição, não trabalha pela pacificação da temática. (O que também deixa claro qual a idéia hegemônica que comanda a coalizão no tema). Nessa coalizão, gays como tema não existem (nem foram citados no programa de governo) , ou seja, não somos reconhecido como destinatários de políticas públicas. Quanto entre seus aliados ganhamos existencia somos associados ao “DEM...” ou coisa do tipo, sendo do DEM é o seu vice presidente. (Para mim falta coerência!Risos.)

Mas o pior de tudo é o recrudescimento do conservadorismo. Uma coalizão que não possua realizações significativas em nossa temática e nem sinalize positivamente, ainda que timidamente, abre espaço para retrocessos e até perseguisões.

Veja o que a Regina Duarte fala de 30% de votos conservadores na Alemanha (risos):




Engraçado, falam que o Lula mudou, mas o PSDB/FHC/SERRA que no vídeo falam mal do lixo autoritário e hoje são os que têm mais aliados da época da Ditadura!

Fica claro também a forma de apresentar suas propostas do PSDB, ou melhor, de não apresentar e apostar no terrorismo eleitoral. Felizmente Regina se enganou e mesmo o Janio eleito não trouxe nazistas para a prefeitura de São Paulo.

Agora com a metodologia de guerra suja e de terrorismo que beneficiam Serra e as posições explícitas de vários dos seus alidos quanto aos gays, chego a temer um tratamento nazista para os LGBTTS.

*Enfrentamento aberto da questão (Posicionamento abertamente pro-LGBTTS), aqui no DF, só temos uma deputada eleita que em vários momentos se declara pró-LGBTTS: Erica Kokay, que “coincidentemente” participa da coalizão da Dilma. Entre os eleitos de sua coalizão, há outros simpáticos a causa. Para mim, porque entendem Direitos Humanos de forma mais ampla.

Outra que se destacou no defesa aberta da temática foi a Marta Suplicy, que será Senadora, o que nos dá esperança que a temática ganhe visibilidade e realizações. Independente se você goste ou não dela ou do projeto que ela propôs. Destaco que proporcionar a entrada na agenda de decisão do governo, possibilitar a discussão do tema é um grande passo. Só conseguiremos avanços se formos tema de discussão, mas no momento certo, não no meio da campanha, como forçam os conservadores.

Para você compreender melhor, a hegemonia dos aliados do SERRA/PSDB, segue o vídeo:



Utilizar a mentira em interrogatório com tortura, para pressionar quem seja, ainda que adversário político, é demonstrar nenhum compromisso com os Direitos Humanos e com a vida.

Agripino não cita em suas palavras que tem o desenvolvimento de sua história política intimamente ligada ao regime autoritário.

Infelizmente, nessa eleição, as discussões não se aprofundam e o voto da comunidade LGBTTS tenderá a se pautar quase que exclusivamente pelas posições nessa questão.

Por que ainda que o Serra tenha realizado qualquer coisa, tenha a experiência que ele diz, tenha sido tão bom quanto ele fala (ele não apresenta dados) e que talvez faça o País crescer como nunca com todos os beneficios associados, caso as idéias tão homo fóbicas de seu bloco hegemônico frutifiquem, não haverá espaço adequado para qualquer um da comunidade LGBTTS, restando-nos apenas concessões.

Quando falamos PSDB, SERRA, São Paulo (Estado e Cidade governada muitíssimas vezes pela coligação/hegemonia; PSDB/DEM), só me vem à cabeça que em São Paulo é o Estado/Cidade que mais se destaca em ataques frontais aos homossexuais (Nazistas), é a cidade em que morreu Edson Nery e que diversos ataques se seguirão na mesma região, (alamedas/república/arouche), o que só me leva a crer que mesmo existindo o histórico de ataques na região, nunca foi implementado um policiamento diferenciado ou políticas públicas específicas para proteger uma categoria que é verdadeiramente vulnerável.

Me lembro da Parada Gay de São Paulo que fui, primeira quando Serra era Prefeito, em que fomos proibidos de descer a Consolação até as 18 horas e que ficamos imprensados na Paulista, sendo vítima de assaltos e abusos de pequenos marginais que se aproveitarão sobremaneira do tumulto, eu já havia ido a 4 antes, sem problemas nesta questão, saiamos religiosamente as 14h. A impressão que deu foi que ele não quis prejudicar o trânsito da cidade para os veados passarem.



Prefiro que esse tipo de postura não ocupe a cadeira principal da República e que pessoas como José Agripino, Joaquim Roriz, DEM e etc tenham cada vez menos espaço na Política Nacional.

Em Brasília, Serra apoia formalmente Weslian Roriz, como sempre apoiou Roriz. A coligação para Presidência da República não precisa ser repetida nos Estados, então porque ele ainda a apoia? Roriz rompeu todo o senso de moral e desrespeita na prática o judiciário brasileiro. Demonstrando muito pouco apreço pelas instituições democráticas do Brasil. (não surpreende ele fez parte do Arena e foi governador bionico da Ditadura) Com aliados que agem dessa forma colocamos sim em período a Democracia e assim sim corremos o risco de ter uma Repúblico como a de Chaves, pois os freios aos abusos são desrespeitados.

Mas como terei certeza que as idéias da Coalizão mais progressista se realizarão?
Não teremos como ter certeza e com certeza teremos que fazer concessões, como a questão do Irã, mas podemos olhar as realizações e declarações passadas, mesmo que no afã deste fim de eleição apareçam declarações diversas. Há uma esperança e perspectiva que continuem ,do outro lado o cenário para os LGBTTS é mais adverso.

Todos podem lembrar o Irã. Como disse teremos que fazer concessões, (não apoio o Irã ou coisas do gênero), mas temos que ver de forma sistêmica. Havendo liberalização para os gays no Brasil, conseqüentemente seremos mais gays para pressionar tanto o governo brasileiro a romper com o Irã, como os governos homo fóbicos como Egito, Irã, Gana etc.

Lembrem-se sempre que ao lado da Coligação SERRA/PSDB há violadores brasileiros dos Direitos Humanos no Brasil dos períodos da Ditadura como o Agripino Maia que falou o que falou no Congresso, resumindo a idéia: Se a senhora mentiu para a ditadura, porque não mentirá para nós?

Pior do que estar com esse tipo de gente, é que eles nesse momento crucial da eleição 2º turno tenham voz e um papel tão preponderante. Posição que não é barrada por seu "lider"Serra. Deixando claro quem comanda e quem é comandado na coalizão. E também quais idéias tenderão a ganhar força.

Também pesa muito pouco você não negociar com países que violam Direitos Humanos (periodo FHC/PSDB) e no ambiente interno permitir que as violações sistemáticas a suas minorias, e negar a nós Homossexuais direito a uma cidadania plena.

Acompanhava maravilhado o programa eleitoral de 1996 do FHC, coordenado pelo mesmo publicitário do Clinton, aquele programa das mão. Me deslumbrei com as grandes propostas do candidato e mesmo não sendo o meu candidato, me acalmei.

Em 1997, Li os textos de FHC, com muitas perspectivas que foram implementadas no Governo do Lula, e infelizmente ele no meio do caminho se filiou a perspectiva completamente diversa.

Senhores, não serei hipócrita e dizer que votei no FHC e me arrependi, porque utilizar isso é sofismar para dar aos argumentos força emocional. Nunca votei no FHC, DEM, Serra, Roriz, PP ou coisa do gênero, mas acompanhei seus governos para saber que não quero mais esse tipo de postura, em especial na questão dos homossexuais. LGBTTS.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Eleições Brasileira: Gays, Difamação e Baixaria!

Post enorme, meio reflexivo, algo cômico, mas acho que o momento pede!

Hoje, descobri que na imprensa está a maior discussão de quem apoia ou não apoia o casamento gay. Ventila-se que a Dilma talvez faça uma declaração se dizendo contra. Os gays estão irados

(Vc gay que vota na Dilma, agora teve seu coração tomado pelo ódio e quase se convenceu a votar no Serra. Pare um momento e reflita!)

(Vc gay que vota no Serra, tem um prazer mórbido em dizer: Eu sabia! Aguarde o fim do post).

Ontem, ouvi rindo, que em Petrópolis há crianças pedindo que não votem na Dilma, porque ela FORÇARÁ mulher a casar com mulher e homem a casar com homem. (Forçar é apelação. As crianças criaram isso? Não né! Alguém as informou! Isso chama-se Terrorismo! Na Democracia, não se justifica!)

No princípio, eu ri, agora eu me pergunto de onde está saindo isso? Vocês tem idéia de que a maioria dos nossos eleitores é semi-alfabetizado e têm comportamento muito semelhante a de uma criança? Acreditarão naquilo que os "adultos" disser e repetirão sem refletir. Quem são os adultos delas? o pastor semi-analfabeto, o programa fala que eu te escuto, o dono da mecanica onde trabalha, a mídia em geral, talvez até o Tiririca.

Nas discussões políticas do meu trabalho, deram agora para citar como referência o Marcelo Madureira do Caceta e Planeta, pode? Já não é mais nem o Jabor! Que País!

Fato há uma campanha difamatoria em curso:
Veja a foto abaixo, foi recebido por uma empregada doméstica:

Site de onde origina-se a foto: http://tinyurl.com/38nfrod

Antes de você decidir seu voto, sugiro que você analise o seguinte: Temos uma enorme pressão da imprensa para expor um ponto polêmico do plano de governo de um dos candidatos que beneficiaria os gays (Alem da citação no plano de goveno, foi dito pela candidata que União Civil de Homossexuais é questão de Direitos Civis. Tb nos beneficia). O único plano de governo que nos citou. Marina não citou!

Na verdade, a campanha da imprensa não está sendo contra o candidato A ou B, mas sim contra nós, LGBTT, (Gays, Homossexuais, Bichas, veados, chamem como quiser, garanto que seu vizinho homofóbico chama de FDP) Temos uma questão nossa tão simbólica e importante tratada de forma atabalhoada e cheia de paixão, sem discussão da raiz da questão: IGUALDADE e de suas verdadeiras implicações: Para nós, alguma, para o resto do mundo, nenhuma.

É um desrespeito completo e infelizmente, corremos o risco de termos muitas portas travadas, independente do resultado da eleição e podemos ter o risco de uma Onda Retrógada colocar em risco passos importantes já conquistados nos últimos 16 anos. (Há 16 anos, no Brasil, homossexualidade era doença, tive que ouvir isso na minha cara, algumas vezes, e ainda existiam psicólogos que ministravam cura. Atuação proibida em 1999 pelo CRP, que no mesmo determinou para os psicólogos brasileiros que não eramos doentes, acompanhado os psicologos americanos)

É bom ficar claro, que se tem alguém partindo para o vale-tudo eleitoral e "vendendo a mãe" para tentar virar a eleição, não é que está pressionado pela situação, por alguma declaração positiva feita para os gays e sim quem dela está se beneficiando.

Não criaram o Lula de Sapo barbudo? Querem criar a "Sapa aborteira".

Serra (PSDB) usufrui da campanha difamatória e da pressão da imprensa para chocar aos eleitores mais conservadores (em especial, pentecostais, parte dos votos da Marina) e como só existem dois candidatos poderia comprometer-se com o eleitorado gay (Nunca vai acontecer, afinal ele é o Sr. Burns) ou a por fim na campanha, com uma resposta neutra que não prejudique a expansão dos direitos civis. Por exemplo, União Civil de Homessexuais é mudar a legislação que é uma atribuição do Parlamento. (Poderia sugerir: Perguntem ao Tiririca! Que provavelmente será o presidente da Câmara! Risos)

PSDB e Serra, já utilizaram expedientes de terror semelhante em sua campanha de 2002. Lembra da Regina Duarte com medo? (ótima atriz, com certeza inspirou-se na interpetração de Maria do Carmo e partiu para o Vale Tudo [novela])



Nós gays podemos entender sistemicamente (O embate não é conosco, mas estao nos usando), ou ceder a tentação da ira e do pensamento 1+1, ou das paixões.

Mesmo que Dilma ceda as pressões, será um recuo estratégico e não vender a mãe como os gays que nunca votaram nela ou no PT apregoam e gritam nas praças.

Ainda com pensamento 1+1, para nós, gays, será ceder os aneis. (Dilma) Candidata pró, recua e se vence: temos possibilidade de conquista, afinal já foi a favor. Ou ceder a mão: (Serra) Candidato, que não apoiou, se aproveita da difamação ou exaltação dos grupos conservadores e se vence temos baixissima possibilidade de avanços.

Na realidade levantar essa questão agora, tem um duplo objetivo: Retirar o apoio da maioria dos Gay que votam Dilma e minar possiveis votos dos evangélicos e católicos tradicionais em Dilma.

É triste essa metodologia que remete a ditaduras, quando não se pode confrontar com idéias ou argumentos, o mais fácil é demonizar. Transformando tudo em puro ódio irracional.
Alguns exemplos:
Católicos com religiões afroamericanas, espíritas e protestantes até poucas décadas atrás no Brasil.
Hitler na Alemanha Nazista com os judeus.
MacArthur nos EUA com Pseudos Comunistas.
Roma com os Cristãos no Império Romano. (Cristão comiam criancinhas).


Todos com apoio da mídia de suas épocas.

Veja o comercial da Folha. So falta dizer que Lula é Hitler.



É lamentável que na nossa democracia, partes da mídia e alguns candidatos estão utilizando esse modo de operar.

Roriz em Brasília fez e faz sistemáticamente com vários opositores (Há quem diga que ele mesmo tem um pacato com o Tinhoso). Também ele é fruto de um Regime de Exceção, onde fazer terror é método considerado válido.

O comercial é impactante e me lembra muito os filmes de Goebbel, maior propagandista do nazismo. Chame de Liberdade de Imprensa, eu chamo de abuso do poder econômico, propaganda politica ilegal, como quiser. Também a folha já se pronunciou a favor do Serra.

Eu sugiro a todos os gays que ao invés de basear seus votos em emoções motivadas pela mídia, analise os feitos para os gays dos ultimos 16 anos.

Se quiserem, leiam os documentos que nortearam as políticas públicas de Direitos Humanos.

PNDH1 http://tinyurl.com/pndh...1(PSDB),
PNDH2 http://tinyurl.com/pndh2psdb (PSDB),
PNDH3 http://tinyurl.com/pndh3v1 (PT)

Nos dois primeiros (PSDB), gays são citados, mas sem serem incluidos em ações concretas.
No pndh3 (PT), que a Dilma leu, revisou, antes de ser enviado para o Lula assinar(o tão polêmico, citado na imagem do post) há ações concretas planejadas para os homosseuxais.

Destacarei uma das ações para que vocês tenham noção do teor das ações:

Ação 246. Incentivar programas de orientação familiar e escolar para a resolução de conflitos relacionados à livre orientação sexual, com o objetivo de prevenir atitudes hostis e violentas.



(Gente, isso é legalizar casamento? isso é garantir Direitos Humanos de forma real, outras medidas estão dessa forma)

Citem o quanto quiser o Irã! Não concordo, não apoio e fui protestei contra, pelos homossexuais que lá estão e em todo oriente médio. Tanto na Cúpula Árabe (1999), quanto quando o Lula fechou acordo com o Irã.

Não sou do Governo, não sou do PT e não acho que tudo esteja certo. Temos que continuar protestando, mas não podemos fechar os olhos ao que está aconteceu com o tema (direitos civis dos gays) em nosso País. É ter uma unha engravada e cortar a perna para resolver.

Eu como militante do movimento homossexual, vou colocar medidas práticas viabilizada nos últimos anos com apoio do Presidente Lula, que foram favoráveis a Comunidade LGBTTS: (Muitos me perguntam e não sei pq não há visibilidade, na verdade eu sei, falo disso outro dia, Tem a ver com Gramsci, risos!)

2006 Programa Brasil sem Homofobia;
2008 Lula abre a 1ª Conferência Nacional de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais, em Brasília;
Dentro do Governo Federal os Órgãos estão obrigados a aceitar os parceiros do mesmo sexo como dependentes;
Agência Nacional de Saúde Suplementar obrigou Planos de Saúde a aceitar parceiros com dependentes;
A pergunta Sobre orientação sexual foi incluida no Censo, para viabilizar visibilidade e projetar politicas publicas para a comunidade LGBTTS;
Proposição para o Parlamento do PL122 criminalizando a homofobia. (com o PL122 o que acontece no meu trabalho seria crime e não problemas pessoais como me dizem)
Aumento dos recursos federais para as Paradas do Orgulhos, para ampliá-las e para aumentar visibilidade e número de eventos. No DF, passou de 1 para 7, eu acho.

ESQUEÇAM PARTIDOS,CORES,
DECLARAÇÕES MARKETEIRAS DA CAMPANHA
TIREM SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES
EM RELAÇÃO AS POSTURAS E REALIZAÇÕES
QUANTO AOS GAYS e AOS LGBTTS

Não sou o Marcelo Madureira, o Arnaldo Jabor, a Regina Duarte,
a Marília Gabriela, a Marina Silva, o Gilberto Gil, o Boris Casoy,
nem a Folha de São Paulo e não estou mandando você votar em ninguém.
Sugiro que se você for levar em consideração
a questão dos Direitos LGBBTS,
leia (não o que escrevi, mas o documentos)
e analise antes de decidir em quem votar!

Agora se você é apaixonado por qualquer partido, perdeu tempo lendo.

BSvox estudou na Unb Relações Internacionais
fez pós em Ciência Política, em Gestão Pública e Políticas Públicas
e Militou de forma apartidária
de 2001 a 2005 no movimento GLBTT de Brasília
E milita até hoje em seu dia-a-dia!

domingo, 3 de outubro de 2010

Eleições, Cenas do Próximo Capítulo

Cenas do próximo capítulo, sim pq até o resultado das eleições (1º turno) a minha veia cômica está meio em Stand By e só tem funcionado pessoalmente acionada por sorrisos.

Eleições sempre me mobilizaram de forma irracional, passional. Eu amava fazer bandeirasso e no meu carro tinha adesivos de todos os meus candidatos. Eu o chamava carinhosamente de penteadeira de puta. Hoje não tem nada. Eu usava bandana e na apuração de 2002, eu bati boca com os apoiadores do Roriz. No final, eu estava tão possesso que gritei. Foda-se essa cidade, eu tenho dupla nacionalidade, se esse merda ganhar vou-me embora! (Minha versão particular de EU SOU RICA! no momento de ira)

Vim esfriando e agora, pouco antes da eleição ainda nao decidi meu candidato a Governador.
Com certeza não votarei em ninguém da Direita, mas a simples existência Wesliam é surreal. Meu amigos do RJ me ligaram tirando onda. (Para Brasília não basta colocar ladrão, agora vocês querem ladrões-palhaço) Wesliam é um misto de Nemo (peixe palhaço) + Tiririca (palhaço que fala tudo errado) + Maluf (Ladrão descarado). {Durma-se com um barulho desses}

Oro a Deus, que ela não ganhe e que, apesar de eu não apoiar o candidato a frente das pesquisa, não haja nem 2º Turno, dos males o menor.



Meus votos são todos para a esquerda, tem até voto no PSOL, embora eu tenha descobrido que o Plino é o mais rico dos principais candidatos. Para mim, o Serra é direita. A Marina uma perdida que se fascinou com seu fenômeno midiático e que o utiliza como trampolim.

A maior piada é a Wesliam, sem dúvida. Perto dela o Tiririca é só um leve gracejo. Não posso esquecer do Partido Verde que rasga suas bandeiras históricas e cobra a coerência dos outros partidos.

As eleições ascendem em mim, textos sérios e teóricos sobre o avanço da democracia, o pragmatismo aceito, mudanças estruturais, as esquerdas e a aplicação de Grasmci. Nesse ano, só uma pessoa sorriu com interesse quando eu falei sobre isso!

Citei Gramsci para gente que usa a "Veja", o planfleto do PSDB, como guia. Eu não sou inocente? Pérolas aos porcos total! Claro que a pessoa não entendeu. PQ quem usa a Veja como guia só pensa em código binário, zero ou um, e Gramsci é muito mais que isso.

Por tudo isso, não consegui ainda tirar nada de cômico essa semana. Mas com fé em Deus, logo volta.

Votem com Consciência.