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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

BAPHÃO NA ZONA! .... (eleitoral)

Quebrando a rotina disso aqui, eu hoje farei um post quase “meu querido diário”:

Fim de Férias: 40 litros de Coca Zero no organismo
Abuso de donuts e outras coisas açucaradas
alucinações na zona eleitoral podem ter acontecido



Título alternativo:
Fazendo a Democracia: Mesário Voluntário, versão GLS.

Como mesário voluntário participei do processo eleitoral e não só da mobilização pelo candidato A ou B. É claro. Fui até citado em uma matéria da Uol por um Twitt. (Quase uma celebridade do mundo virtual)

Onde eu estou sempre rola uma Bapho básico e uma energia Pink.

Não, eu não sou espetaculoso! Sou apenas uma pessoa impactante! Imagine alguém com quase 1,90 de altura e um sorriso de quase 15 cm quase que permanentemente no rosto? Com um molejo e graça particulares (Não, não é rebolado! É graça!). Causa impacto, as vezes frisson, a maioria gosta, alguns odeiam. (A esses eu digo: Não me importa que me olhem da cabeça aos pés pois nunca farão minha cabeça, nem chegarão aos meus pés) Risos.

O modelão:
Nos dois turnos, fui de calça jeans skinny e camiseta. Depois do 2º turno encontrei uma amiga da faculdade com sua filhinha no mercado. A Dilma disse que uma meninha perguntou para ela se mulher pode ser presidente. A mim, a menininha (filha de minha amiga) perguntou se a minha calça era de balé. A leveza, a graça e a arte transbordam, Não, não tenho cara de presidente!(Risos)

(acima calça Skinny)

Nesse ano, diferente dos outros que trabalhei, senti que os gays estavam mais livres. Estou acostumado a conviver com olhares intensos e olhos de comer fotografia, mas esse ano a coisa foi mais intensa e livre. (Eu diria escancarada, isso não é ruim, é?)

Uma bad trip histórica básica:
Quando em 1999, quando eu empreendi a saida do armário o Conselho Federal de Psicologia ainda não tinha retirado a Homossexualidade do cadastro de disturbios Psicologicos - Psicológicos. Nunca haviamos sido citados em nada do governo, a não ser em suas campanhas midiáticas preconceituosas de "Prevenção" (Eu diria de pânico) de HIV.

Em 1989, com o morte do Lauro Corona a mídia aterrorizou a populção. As campanhas diziam Gays são grupo de risco, a mensagem subliminar final para todos os gay, vocês morreram de HIV. Com nove anos, eu via a TV, lia a veja (sim, naquela época eu lia a veja) , chorava e pensava sou muito jovem para morrer. Detalhe como a maioria nessa idade eu era virgem. Seria cômico, se não fosse trágico.

Hoje se fala em comportamento de risco, independente de qualquer orientação sexual. Quem não usa camisinha, está se arriscando. Infelizmente, o imaginário conservador nacional ainda não absorveu isso. Isso resulta em discriminação contra gays e aumento assustador da contaminação de mulheres casadas ano a ano =(.

Não importa se o governo vai ouo não descriminalizar o ABORTO!
USEM CAMISINHA, PORRA!!!
A legenda em inglês diz: Camisinhas Políticas
Na embalagem de Obama diz: Use seu próprio Julgamento.
Na embalagem de Sarah Palin diz: Quando o aborto não é uma opção!

Em 2010, Gays foram alçados a pauta do dia na eleição presidencial e teve até candidato querendo reduzir a eleição a um pleibicito, pleibicirco (não sei escrever a porra dessa palavra do cão.) sobre o nosso casamento e outras questões tensas e polêmicas.

PARTE "CABEÇA" DO POST
Em política públicas, um dos estágios fundamentais é romper a invisibilidade tornar-se sujeito de possível atuação, medidas ou atenção governamental. Obrigado, conservadores e fariseus de plantão. Agora mais do que nunca, existimos na sociedade brasileira, não somos mais invisiveis e não adianta dizer que só tem veado no Rio Grande do Sul e na Argentina. O Jean Willy foi até eleito.

Segundo o modelo de Kingdom, falta só um Empreendedor da Política (uma senadora de São Paulo que fez a primeira proposição sobre união civil gay seria a com melhor perfil) para termos chance de ter a estruturação de uma politica pública reconhecendo a união civil. Não há certeza, mas há maiores chances.

Obrigado, São Paulo, Vocês realmente tem o potencial de nos fornecer o melhor desse País e outras coisas que eu preferia que não existissem, como ataques neo-nazistas e políticos de perfil neo-fascista.

SOCORRO, eu prometi pra mim mesmo que não ia falar nada sério aqui. Mas nessa última revisão, não consegui segurar (Quem vai saber quem é Kingdom?). Como diria Aline Durel (Terça Insana, recomendo muito): Ser intectual dói ... e eu digo: perde leitores. Mas não dá para fingir que sou apenas um corpinho bonito apertado em uma calça Skinny ... Tem muita Cuca no Lance! (Alguém da Terça Insana disse isso também...)



CONTINUANDO A VIDA BAPHONICA DE MESÁRIO:
Tanto no primeiro como no segundo turno, ouvi gracejos e algumas coisas que se pareceram com cantadas (Tudo muito fino, nada de pedreiros assoviando ou coisa do tipo. Fui mesário em umas das partes mais ricas do DF, PQ eu sou RICA, eu sou RICA!).

Foram cantadas? Sinceramente, não sei. Risos. Tenho péssimo talento em reconhecer isso. A tudo respondi com largos sorrisos, valorizando os anos de tratamento ortondontico que meus pais pagaram.

Nos dois turnos, fiscais de partido, ao final da votação, pediriam meu endereço de Twitter e Blog, depois que reclamei que os cabos eleitorais virtuais de determinado candidato me ameaçaram por meio de uma rede social com algo como: Com argumentos infantis e frases como te mandaremos para o NEO-DOPS (Departamento de Ordem. Política e Social da Ditadura) porque escrevi e publiquei uns textos com argumentos, dados e analisando as políticas para os gays dos últimos 16 anos e desconselhando votos em candidatos de cores frias, cândidas, tradicionais e falsamente calmantes e aconselhando o voto em candidatos de cores mais vivas e vibrantes, como é o universo LGBTTS.

Apesar da decepção dos meus comentaristas mais assíduos e fiéis, foi até hoje o meu texto com mais leitores e meu Twitt, mais retwettado. Apesar de ser cabeça!

No primeiro turno, um fiscal de partido vibrou quando comentei meu voto para Deputado Federal (candidatas eleitas com grande histórico de comprometimento com a causa LGBTTS). Ele disse q também votou nela. Risos. Depois me ofereceu um santinho multicolorido de um candidato distrital assumidamente gay, depois pediu o endereço do meu blog. Risos. (Indo contra a uma tendência de ser celebridade virtual eu não disse o endereço. Acho que ele não gostou.)


TUDO EM NOME DA DEMOCRACIA?

Que ninguém venha querer fazer democracia com meus lábios ou com meu corpo, pois apesar de qualquer frisson proto-socialista aparente desse que vos escreve, eu digo MEUS LÁBIOS E MEU CORPO SÃO PROPRIEDADE PRIVADA (Minha, minha e só minha. No máximo, eu empresto!) Risos.

Que ninguém venha querer fazer REFORMA AGRÁRIA no meu coração, porque “MEU CORAÇÃO É TERRA ESTRANGEIRA” e está fora de qualquer atuação possível do governo brasileiro, do governo do Distrito Federal e do Governo de São Paulo.

O bom da democracia é que em sua forma ideal é para ser um governo em que todos sejam respeitados e ninguém seja oprimido! Um governo do povo e pelo povo. (baboseira demagógica? Bem possível, mas finjo que sou Blasé e acredito!)

Odeio discurso vitimista, mas nessa merda de País, que amo de paixão, a comunidade LGBTTS está longe de ter o respeito que merece. Somos homens, mulheres e trans que batalhamos e trabalhamos com dignidade para construir essa grande Nação dia-a-dia, independente de em quem tenhamos votado.

Independente de que tenha sido eleito, temos que deixar de lado nossas paixões e formação política para exigir que nossos direitos sejam respeitados. Não podemos também exigir que tudo seja feito hoje.

Parte Quase Cabeça:
Inspirado em Gramsci digo: A revolução dos costumes se faz a cada dia e com democracia. Nossa causa é justa, é reconhecer nossa liberdade, precisamos só de um povo mais educado, ninguem racionalmente nos negará o direito de ser o que somos.

As resistências que enfrentamos até hoje (Silas MalaFEIA e cia) dos que insistem em misturar religião e Estado, desprezando que parte da liberdade de culto reside em livremente escolher se quer ou não seguir dogmas da religião A ou B Ou nenhuma. (Defender o direito de oprimir e discriminar, não há como ser defesa da liberdade?)

Fora daqui, a vida pode até ser ótima e termos cidadania completa para gays só que não se ouve o sabiá cantar e falta o calor, a ginga e a cordialidade do Brasileiro. Fala sério, isso aqui é o paraíso. Brasília, então, o grande Eldorado do Centro-Oeste, a jóia do Cerrado. Você não acredita? Vem morar aqui!

CENAS DO PRÓXIMO CAPÍTULO


Em algum próximo post, conto da festa da vitória em sua versão LGBTTS! Passei umas situações baphonicas (Muitas lesbicas, gays e até um militante de camisa amarela empurrando a gente e dizendo: Tão rindo do que?)

Apresentado o resultado liguei e pedi um beijo da vitória. Por conta dos encontros e desencontros, da multidão, não deu certo, mas no meio da multidão na Esplanada dos Ministérios/DF em êxtase pela vitória, quase que tiraram um beijo da vitória a força! Risos. Fiquei feliz pela presença multicolorida e esperançoso por ver que argumentos machistas e sexistas, e uma intervenção do Papa Nazi não tiveram a força esperada no meio do Povo Brasileiro.

Gostaria mesmo de ver um Brasil reconciliado e que parte da imprensa parasse de aterrorizar parte da classe média e esperasse os resultados do próximo governo, mas isso não é razoável de esperar nesse momento. Então, vou continuar minha vida e usufruir do espetáculo do crescimento. Hei, Tuti, para de me cutucar com isso ai. (Risos)

Música para de meus sentimento pelo Brasil hoje:
PAUL MACCARTNEY - Hope of Deliverance (Esperança de Libertação)



O refrão diz Esperança de libertação da escuridão que nos rodeia.
(A discussão nesse segundo turno foi quase a idade das trevas)

(Se a Merda do link do 4shared não funcionar, link de hope of deliverance no youtube)

"Sarro básico pelo discurso da "quase" vitória "

Foi dito que se está apenas começando, não sei exatamente o que significa, pelo sim, pelo não, irei renovar meu passaporte. Porque em caso de qualquer virada do BEM , digo do DEM e aliados, serei considerado do Mal e persona non grata ...

PQ eu sou RICA, Eu sou RICA ... seguirei o exemplo de algumas das personalidades políticas brasileiras que durante a ditadura militar fugiram e viveram anos dourados na Europa nos EUA, falando mal da ditarura instalada e esperando as coisas se arrumarem para realizar seu grande sonho da época de estudante: ser presidente. (Não, eu não quero ser presidente, só quero meus direitos civis respeitados.)

Apesar de todo o baphão aparente e compromisso com a verdade, não tenho a força e determinação de certas mulheres que conseguiram mentir em interrogatório com tortura, para salvar vidas e fazer com que a "verdade" oficial de certos regimes fosse questionada.


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