.feed-links { clear: both; line-height: 2.5em; text-indent:-9999em;}

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Férias em Brasília! Fantástico, né?

Eu não costumo fazer post do tipo querido diário, mas essas eleições me tiram a inspiração cômica. Se o sucessor do Lula não me forçar a usar um triangulo rosa, já me sentirei feliz. Vamos em frente, então.

Férias são fascinantes.
Até ficando em Brasília, certo?


Não? Porque não?

Em Brasília, a regra é rumar para o aeroporto, para rodoviária, ou pegar o carro e sair da cidade, para qualquer lugar, mesmo que seja só para atravessar a fronteira do quadradinho e se instalar do lado de lá. Assim, garante-se a sensação de que se trocou a paisagem da grande fazenda asfalta por algo diferente.

Por três anos, deixei sistematicamente Brasília, acreditando em algo e vivendo um ambiente urbano muito mais hostil. Para mim uma verdadeira Selva de Pedra. Em alguns momentos com animais enraivecidos. Algo assim como o purgatório da beleza e do caos.

Confesso que desde o princípio reconheci a beleza, mas o caos era mais chocante e em alguns momentos angustiante, mas em nome de algumas coisas conseguimos superar quase tudo e enfrentar situações adversas e desconfortáveis com um grande sorriso nos lábios.

A verdade é que pouquissima gente me viu sem sorriso nos lábios. Como respondi hoje no formspringme: Gay é uma tradução de alegre, e possivelmente você me classificará em todas as denominações de alegre, independente do idioma.

O caminho do aeroporto tornou-se uma rotina, apesar de eu não ter boa relação com aviões e com a idéia de voar.



Deixar Brasília passou a ser coisa de rotina e não mais de férias. A magia de experimentar um outro ambiente foi diminuindo gradativamente e alguns momentos foi quase uma obrigação e tortura.

Por conta dos lugares que já morei na vida, perdi a inocência e o deslumbramento com algumas coisas, pois tive que experimentá-los em sua dura rotina, muito diferente do conforto que experimentamos nas férias.

Não deliro mais com praia e nem com o campo. Ainda me fascina de alguma forma ambientes históricos e culturais, mas nada que me faça delirar.

Nos últimos 3 anos, minhas férias tinham um destino certo. Destino que tentei usufruir 10 dias das férias em março, mas o caos e o desconforto foram máximos. Como se tudo estivesse de cabeça para baixo.



Frente a total desorganização e desarticulação do meu destino tradicional, fiz uma análise interna de para onde eu queria ir no restante das férias. Não obtive nenhuma resposta consiste de mim mesmo. Acho até que ouvi um sinal de telefone ocupado. Risos.

Acho que foquei o meu lazer por tanto tempo (3 anos) fora de Brasília que agora tenho certeza que na verdade eu estava com uma puta saudades daqui.

Para a surpresa da maior parte dos Brasilienses, e até para minha própria surpresa, estou de férias, fiquei em Brasília e me sinto imensamente feliz.

Tenho feito coisa que só Brasília me proporciona, como navegar o vento, encontrar amigos daqui, almoçar no Carecas, tomar café no Sebinho, ir na Pão Dourado, sempre com o conforto de em todos esses lugares conseguir estacionar meu carro e tenho tido imenso prazer com tudo isso.

Em outros momentos da minha vida, não muito distantes tive que ficar de férias em Brasília. O tédio e a frustação eram gigantesco. Não acredito que a cidade tenha mudado tanto, mas eu mudei, na verdade acho que meu entendimento de muita coisa mudou. Deve ser a sabedoria e tranqüilidade que só temos depois dos 30.



Ao contrário de todo o imaginário, não experimentei nenhuma crise com meus trinta anos. Até agora só vi vantagens. Me divirto de verdade dizendo que já tenho mais de trinta, é algo quaser orgastico. Acho que me sinto mais parte do que já aconteceu e menos criança, um adulto de verdade. Risos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário