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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Pra Sempre SEMPRE Acaba

Reflexões de um Gay Balzaquiano com seu pé fraturado - RGb

Houve dias que eu quase tive certeza que era feliz. Uma sensação de completude e saciedade inexplicável. Alguns diriam divina.

Estranho que junto a essa sensação de completa felicidade sempre veio um sentimento meio melancólico de temor pela certeza da transitoriedade e finitude desses momentos felizes. Uma coisa era certa: Ele acabariam cedo ou muito cedo.

Tudo passa! E como diz uma canção do Legião Urbana: O pra sempre SEMPRE acaba.

Assim é com a felicidade, digo com os momentos felizes.

Nos últimos dias, apesar do pé fraturado que insiste em não colar, do vazamento na casa, da escada que é tudo menos regular, da reforma interminável e da solidão e abandono que possa reclamar, me sentia paradoxalmente feliz.



Delirei ao acreditar que toda a tristeza e sofrimento eram como uma moeda de contraste: como se toda a dor do pé fraturado, da solidão e abandono, do desconforto das reformas fosse possível tirar alegria, pelo simples fato e pela certeza de que todas essas coisas chatas eram transitórias e seu fim era próximo.

Isso é a pura verdade o sofrimento é transitório, mas também é transitório o momento feliz, os cuidados, o carinho e a atenção.

O segredo de não frustar-se ou decepcionar-se é não ter expectativas. Mas infelizmente, constato que expectativas de que tudo melhore são inerentes aos momento de felicidade de quem passa por alguma dificuldade como um pé quebrado.

Quando sentimos dor, frustação ou tristeza, a realidade não permite lastrear qualquer momento alegre, então resta alimentar-se da felicidade passada e encher o coração de esperança de que em um futuro próximo toda essa chateação acabe.

Lamento, que o texto não seja tão alegre quanto de costume, mas entristecer-se é parte da vida e na verdade é o que nos permite reconhecer a alegria e os momentos felizes.

8 comentários:

  1. a vida em si é transitória ... assim tanto a felicidade qto a tristeza enquanto coisas inerentes à vida tb possuem esta característica ...

    fica bem ... bjux

    ;-)

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  2. vc tem todo direito de expressar sua felicidade e sua tristeza, ora, não vamos nos tornar pessoas artificiais que só podem exprimir uma única expressão...

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  3. Anônimo1/17/2011

    São inevitáveis os momentos tristes. E talvez, sem eles, nao soubéssemos dar tanto valor aos felizes momentos.

    E que bom que são transitórios. E que sejam em quantidade muito, mas muito inferior aos momentos de riso solto e coração e corpo alegres!

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  4. definitivamente o para sempre não existe ...

    ;-)

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  5. Primeiro, Vox, estava com saudades... xD
    Segundo, adorei a citação (quando falo que Legião tem uma mpúsica que se encaixa em cada tema, muitas pessoas não levam fé em mim)Terceiro, eu vejo a tristeza e a felicidade sobre vários aspectos diferentes. Um deles é exatamente da menria como vc pôs aí. Mas eu acredito tembém que a tristeza é principalmente uma sintoma de algo alterado em sua fisiologia (algo relacionado com insuficincia de certos neurotransmissores). Para isso, chocolate funciona bem (e não precisa ser chocólatra para isso) rsrsr. Mas enfim, só de vc postar sobre isso já deve ter te feito bem... Espero que essa tristeza passe logo, e que o seu pé cole de vez (hahaha)

    Beijão Vox, até o próximo

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  6. ninguém cantou tão bem minha vida qto Renato Russo e Cazuza.

    Espero q as coiss melhorem pra vc...pra nós.

    Abração

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  7. Anônimo1/23/2011

    Cada vez mais, acredito que haja mais momentos tristes do que felizes.

    Então, precisamos valorizar mais os momentos de felicidade, para compensar.

    E, como você bem disse, encher-nos de esperança, para rechear as lacunas que ainda sobraram entre os momentos tristes e os felizes.

    Um grande abraço.

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  8. Completa empatia e identificação...você já sabe, né? Lembrei foi do Montenegro: "eu acho que será pra sempre, mas sempre não é todo dia...". E assim vou levando, mais riso que lágrimas, mas não necessariamente mais feliz. Bjs e faz de conta que esse comentário é um abraço, tá?

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