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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Catedral ou Caipirinha: Um Pé Fraturado Pode ser é Igual a Que?

(acima interior da Catedral de Brasilia: Tomara que meu interior seja lindo assim)

Ausências!

Nas ultimas semanas, tenho postado e comentado pouco. Não porque não tenha o que falar, mas sim porque estou me readaptando a voltar a viver ... Meu pé fraturado me deixou, 6 semanas de repouso completo.

Na segunda (07/02/2011), embora não esteja curado, pedi aos médicos que me deixassem voltar ao trabalho, pois o repouso estava me estressando mais do que trabalhar de Robofoot.

Isso é o que acontece, estou trabalhando de Robofoot e muitissimo feliz!

Será que sou normal? Preferir trabalhar a ficar em casa descansando e vendo filmes e séries?

Bem, esse sou eu: Um enigma!

Tenho trabalhado em projetos relacionados a acessibilidade e inclusão em tecnologia, mas sempre que posso dou pitaco em outras áreas relacionadas.

Satisfação:

Trabalhar na concretização de direitos inquestionáveis de uma minoria, mesmo que não seja a minha, me dá um entusiamos sem paralelos na minha vida.

Direito de Ir e Vir:

Se bem que com o pé fraturado e de Robofoot, sou leve e temporariamente um portador de uma deficiência de locomoção. E isso só me faz entender cada vez melhor que as adaptações urbana e arquitetonica ( vagas reservadas, rampas, calçadas e corrimões) são a concretização do Direito de Ir e Vir: Uma obrigação que tem que ser realizada pelo Estado e pela Sociedade.

Escadas São do Mal:

Isso tem me feito ter cada vez mais raivas de escadas, não apenas porque eu cai de uma no dia de natal, mas sim porque elas são obstáculos muitas vezes intransponíveis para quem tem uma dificuldade ou limitação na locomoção.

Ainda assim, a maioria dos brasileiros faz uma ligação entre escada e glamour ... Eu quero uma casa térrea ...

(Desde o Natal, com o pé fraturado,
vejo em todas as escadas esse macaco do mal que me diz:
Você vai ter que ficar ai em baixo, ou senão ...)

Elevadores ainda São Esquisitos:

Também estou revendo minha relação com elevadores. Eles passaram de caixa lacradas e sufocantes, para importantes facilitadores da minha locomoção.Talvez porque agora quando entro nele o meu foco principal é proteger meu pé fraturado de pisada e com isso nem tenho tempo de perceber que estamos todos lacrados numa caixa de metal.

Mais Admiração:

Toda essa jornada também tem me feito admirar ainda mais os meus colegas de trabalho e colega de faculdade que todos os dias vencem grandes obstáculos para poder chegar nos locais de trabalho e estudo, e ainda vejo no rosto de muitos um sorriso e bom humor, que eu gradualmente fui perdendo nestas 7 semanas;

Construir Catedral?

No final, vou me consolar com o entendimento de que de uma maneira ou outra, terminei por ter um estimulo no meu trabalho. Digamos que agora, ao me dedicar aos projetos de acessibilidade, me sinto com alguém que constrói uma catedral, e não apenas com um operário que coloca um tijolo em cima do outro.

(acima a foto da Construção da Catedral de Brasilia,
cujo o interior é a primeira foto do post.
Enquanto a gente está construindo as coisas elas ficam meio feias e sem jeito, né?
Mas o resultado compensa, né?)

Piegas?

Provavelmente a metafora da Catedral é brega pacas, mas como ouvi um dia:

"Importa menos o que vivemos
e mais a forma com encaramos o que vivemos. "

Então, Estou tentando olhar com bons olhos, dizendo no popular:

Se não tem como deixar de comer um limão,
vamos ao menos Fazer uma caipirinha.


PS: Sou abstêmico (alcool zero na minha vida), mas acho que passa bem a imagem do que quero dizer.

As vezes, eu me surpreendo com os textos que escrevo. Como alguém transforma 7 semanas de pé fraturado em uma caipirinha?

Como disse antes:

Eu sou um Enigma.

Melhor nem tentar me decifrar...

Como atravesso um deserto, me lembrando que a solidão ninguém pode evitar
... mas lembrando que o céu e o tempo são maior ...
A música do Post é Catedral, acustico com Zélia Duncan

Zélia Duncan - Catedral (acústico).mp3

7 comentários:

  1. Olha, estava mesmo sentindo sua falta. E seu trabalho deve ser muito recompensador (o meu também é, mas ficar em casa vendo séries sempre me parece uma boa idéia, não sei se na prática toleraria). Gostei da metáfora e ainda mais da caipirinha. Que bom que voltou (se cuida!).

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  2. Caraca ... como um Robofoot inspira eim? rs
    Que novas genialidades do tipo possam ser compartilhadas ...
    Eu por mim nasci para o ócio ... pediria ao médico para estender por mais uns dias a licença e haja limão e caipirinhas para embalar filmes, séries e internet ... rs

    estou aqui a imaginar em como fazer sexo de Robofoot ... ummmmmmmmmm ... #safadezamodeon

    bjux

    sara logo viu?

    ;-)

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  3. ummmm...interessante a analogia da construção da catedral. gostei mto.

    abração!

    e lembre-se "você vai ter que ficar ai em baixo, ou senão" ...rs

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  4. Anônimo2/10/2011

    De fato. Ficar em casa estressa. Ainda mais quando se mora com os pais...

    Adorei a metáfora catedrática. Sim, um tanto piegas... mas muito fofa.

    Mas gostei mais do "robofoot". Aprender termos novos é o máximo!

    Um forte abraço! E toma mais cuidado com o pé!

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  5. hauahuahauahu
    esses viciados em trabalho

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  6. Eu sempre preferia ir trabalhar, bem eu amava o que fazia e não sou assim tão fã de TV.
    bjs
    Jussara

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  7. adorooo caipirinha
    e adorei essa música
    ah e melhoras p vc, como vc já deve estar bem então, que não caia mais de escadas ehehehe
    bjos

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