Como seria a vida se pudéssemos apagar as más lembranças e
se a tecnologia avançasse a ponto de poder apagar alguém da memória. Confesso
que a princípio parece tentador, ainda mais se pudéssemos apagar fatos
inteiros. Mas e onde ficaria o destino em tudo isso. Há destino ou tudo é
apenas o seguimento de fatos em ordem aleatória?
Há um filme que achei bem legal que faladisso tudo e também de amor, já é um pouco
antigo mas quem quiser conferir fica a dica:
Recebi um vídeo americano com a proposta de colher a opinião
de crianças a um pedido de casamento gay e outro lésbico. O vídeo é muito legal
e para mim reforça a tese de que crianças não nascem com preconceito. Ele é
enxertado na cabeça dos pequeno. As reações são surpreendentes.
Eu vi o original em inglês, mas vou postar o com legendas em
espanhol para facilitar para quem não entenda inglês.
É engraçado. Nascer para Morrer é o destino de tudo que
tenha vida e também de certas outras coisas como relacionamentos, falo de
relacionamento em sentido amplo, não só pegação (pegação é uma dessas coisas
que nasce para morrer). A rainhaBethVox
se recusa a aceitar isso. “Aqui no Reino de Vox, as coisas são feitas para
durar.” Declara a Rainha da sacada de seu palácio ainda parcialmente destruído.
Mas fato é que vida não é como eu ou a rainha gostariamos.
Ter mais de trinta, te força a entender que a vida é o que é
e não adianta espernear. Acho que é dentro desta lógica que vem sendo
reconstruído o Reino de Vox. E a reconstrução é lenta e está difícil pintar
tudo de Pink e continuamos a ser bombardeado de tempos em tempos. Na minha
segunda década tudo parecia ser mais rápido de fazer e colorido como um arco
Iris. Confesso que o comportamento de certas pessoas me faz pensar que agora
tudo é em tons de cinza.
Talvez eu seja aquele tipo de gay que ainda acredita em
contos de fadas, por isso criei aqui um Reino, com Rainha e tudo, talvez seja
meu lado Drag.
Não, meu post não foi
motivado por eu terminar com alguém, mas sim por uma desilusão generalizada da
forma como as pessoas estão ser relacionando hoje. Tudo se reduz a Facebook,
whatsapp não há mais realidade. Como li em um grafite em BH. É preciso amar as pessoas como se não houvesse Facebook. Eu não consigo entender certas coisas e a falta
de coerência de certas pessoas, as pessoas mudam muito, muito rápido e na minha
opinião para pior.
Na Terra de Vox, nos relacionamentos são cara a cara, com
calor humano e sinceridade. Eu já cometi uns três facebookcidios e estou a
ponto de cometer o terceiro.
7 meses sem uma postagem, isso quase equivale a morte do
blog, mas a verdade é que BsVox não morreu, especialmente dentro de mim
(provavelmente nunca morrerá), continuo a escrever, mas em um tom que não
caberiam postar aqui. Talvez todo blog, nasça para morrer, mas BsVox insiste em
continuar vivo. Confesso que cheguei a registrar outros domínios, mas não
escrevo. Carecem de personalidade, de estilo, de espontaneidade e de criatividade.
Bsvox recusa-se morrer e eu recuso me matá-lo.